XIRÊ NA PAULISTA: 

CULTURA, RESISTÊNCIA E O COMBATE AO RACISMO AMBIENTAL

A Importância do "Xirê na Paulista" no Combate ao Racismo AmbientalO "Xirê na Paulista" assume um papel crucial no combate ao racismo ambiental ao dedicar uma edição específica a este tema. No dia 13 de julho, o evento realizará uma edição com o tema "RACISMOAMBIENTAL". Esta edição é considerada de extrema importância por diversas razões:

• Aborda um assunto sério e pouco comentado
que afeta predominantemente as pessoas
"marginalizadas".

• Ao colocar o racismo ambiental em pauta, o
evento visa dar notoriedade e atenção a essa
problemática.

• O racismo ambiental atinge desproporcionalmente
comunidades racializadas, como pessoas negras e
indígenas, através de problemas ambientais como
poluição, falta de saneamento e alagamentos.

• Uma das metas do evento é envolver as pessoas
de religiões de matriz africana na política, o
que é fundamental para que as preocupações
relacionadas ao racismo ambiental recebam maisatenção das autoridades e para que haja uma
representatividade na formulação de políticas
públicas.

O Que É o "Xirê na Paulista"?


O "Xirê na Paulista" é um evento cultural de grande relevância, idealizado por Ekejy Geovana de Yemojá e Egbon Paizinho. Seu objetivo principal é promover a cultura Candomblecista, abrangendo seus ritos, danças e práticas. Além da promoção cultural direta, o evento busca:

• Abordar tópicos importantes para a cultura e a
resistência das religiões de matriz africana, como
a desmistificação da figura de Exu e a resistência,
força e ancestralidade feminina.

• Dar mais notoriedade e atenção a essas religiões
na sociedade, combatendo o preconceito e a
invisibilidade que frequentemente enfrentam.

• Envolver as pessoas de religiões de matriz
africana na política, visando que suas vozes e
preocupações sejam ouvidas pelas autoridades.
Entendendo o Racismo Ambiental (Contexto do
Tema do Evento)

Para compreender a relevância do "Xirê na Paulista" ao abordar o racismo ambiental, é fundamental
entender o conceito:

• Definição: Racismo ambiental refere-se à injustiça ambiental que afeta desproporcionalmente comunidades racializadas, incluindo pessoas negras, indígenas e outros grupos marginalizados. Isso acontece quando essas populações são mais impactadas por problemas ambientais (como poluição, falta de saneamento, enchentes e contaminação de água e solo) devido a decisões políticas, econômicas e
sociais que beneficiam outros grupos.

• Exemplos Práticos: Manifesta-se em situações como a instalação de lixões e indústrias poluentes
perto de comunidades periféricas ou indígenas; afalta de saneamento básico em favelas e comunidades quilombolas; alagamentos frequentes em áreas urbanas negligenciadas; e o despejo forçado ou remoção de populações vulneráveis em nome de "projetos de desenvolvimento".

• Impacto Desigual: O racismo ambiental evidencia que as crises ambientais não afetam todas as pessoas igualmente, com populações historicamente marginalizadas sofrendo mais e
tendo menos acesso a políticas públicas de proteção.

4. Como o Racismo Ambiental Afeta as Religiões de Matriz Africana A temática é crucial para as religiões de matriz africana porque essas tradições estão profundamente ligadas à natureza. A degradação ambiental, combinada com o racismo estrutural, ameaça não apenas o meio ambiente, mas também os rituais, territórios sagrados e direitos religiosos desses povos. Algumas formas de impacto incluem:

• Ataques aos territórios sagrados (terreiros): Muitos terreiros estão em áreas vulneráveis ao
avanço urbano desordenado, poluição e obraspúblicas, ameaçando sua existência e a qualidade
dos elementos naturais ao redor.

• Contaminação de elementos sagrados: A poluição de rios e matas, e a escassez de plantas medicinais e outros elementos naturais, tornam os recursos essenciais para os rituais inacessíveis ou contaminados, desrespeitando o direito ao culto.

• Criminalização de práticas tradicionais: O uso de elementos naturais ou a realização de rituais em espaços públicos são, por vezes, vistos com preconceito ou criminalizados como "sujeira" ou
"crime ambiental", revelando um olhar racista e intolerante.

• Invisibilização nas políticas públicas: Terreiros e comunidades enfrentam dificuldades de acesso a
saneamento, água potável, energia e regularização de terra, configurando uma forma de racismo
ambiental institucionalizado. Apesar de serem alvos do racismo ambiental, os terreiros de Candomblé e Umbanda são também centros de resistência ambiental. Eles cuidam da natureza, preservam saberes ecológicos ancestrais e atuam ativamente na defesa dos territórios e da biodiversidade. A frase de Mãe Beata de Yemanjá, "Anatureza é o grande livro do Candomblé," ressalta a intrínseca conexão entre a natureza e a prática religiosa, tornando a preservação ambiental vital para a sobrevivência dessas tradições.

5. O Papel do "Xirê na Paulista" na Promoção Cultural e Resistência ao Preconceito Além do foco no racismo ambiental, o "Xirê na Paulista" desempenha um papel fundamental na
promoção da cultura Candomblecista e na resistência ao preconceito:

• Promoção da Cultura Candomblecista: O evento foca em apresentar seus ritos, danças e práticas, celebrando e compartilhando essa rica herança cultural.

• Desmistificação e Empoderamento: Aborda tópicos como a desmistificação da figura de Exu e a resistência, força e ancestralidade feminina, contribuindo para desfazer preconceitos e fortalecer a identidade cultural.

• Visibilidade e Notoriedade: Ao dar visibilidade e notoriedade a esses aspectos culturais, o evento
busca combater o preconceito e a invisibilidade que essas religiões muitas vezes enfrentam nasociedade, promovendo reconhecimento e respeito.

Em suma, o "Xirê na Paulista" é mais do que um evento cultural; é uma plataforma de resistência,
celebração e conscientização, que utiliza a força da cultura de matriz africana para iluminar e combater
injustiças sociais e ambientais, como o racismo ambiental, ao mesmo tempo em que promove a
visibilidade e o respeito por essas tradições.


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@XIRENAPAULISTA
@GEOVANATIYEMOJA

Axé !